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Trilho dos Abraços

Início e fim: Boidobra, mas podem optar pelo Ferro

Dificuldade: Média

Tempo: 4h00

Altitude: + baixo: 402 mts: Ponte Pedrinha / + alto: 495 mts: Ferro

A perfeição de uma "simples" teia de aranha).

(Atravessando o rio Zêzere - ao centro, o voo de uma garça - penso eu.

A A23, que temos de atravessar duas vezes.

(Por aqui também se joga basquetebol...)

Por trás de mim o bafo do destino
Devolve-me à lembrança o Alentejo...  
                  in Porto Covo, de Rui Veloso

Que manhã mágica! Paisagem bucólica na Cova da Beira.

Engarrafamento em hora de ponta...

Quem gosta de caminhar, caminha em qualquer lado. Eu prefiro as montanhas, mas de vez em quando também gosto de fazer uns trilhos que, se utilizássemos a gíria do ciclismo, diríamos que são indicados para roladores.

 

Este trilho apresenta poucas subidas e descidas e sempre muito, muito suaves.

 

É para se fazerem muitos quilómetros em pouco tempo.

 

 

Gosto particularmente de ir à descoberta, ou seja, o trilho até pode ser conhecido de muitas pessoas, mas sou eu que o defino; que vou à carta topográfica e escolho por onde passar.

 

 

 

 

 

 

 

 

Mas de vez em quando, também gosto de apenas seguir um trilho que alguém anteriormente marcou. Em princípio, os percursos marcados são feitos por quem conhece bem, a região e escolhe os mais interessantes.

 

Assim, decidi fazer o “Trilho das Abraços”. Pode fazer o download do folheto aqui.  Estamos a falar de um percurso circular em plena Cova da Beira que liga a Boidobra ao Ferro.

 

 

 

Uma vez que não levei carta topográfica para o terreno, a indicação que aqui deixo na mesma pode não estar totalmente correcta, mas dá uma ideia do percurso. De qualquer forma, quem esteja interessado em fazer este percurso pode descarregar o folheto e seguir as marcas.

 

 

 

 

 

 

Porquê o passeio "2 em 1"?

 

Simples.

 

Porque fui fazer um trilho e acabei a fazer 2.

 

 

 

Parei o carro no parque de merendas à entrada da Boidobra. Comecei à procura das marcas e encontrei, junto à ponte de entrada para a Boidobra uma marca que indicava que eu devia ir para a esquerda e não para a ponte (está errado e mais tarde explicarei porquê).

 

Fui seguindo as marcas e passados 45 minutos, sempre seguindo as marcas estava de volta ao ponto de partida, sem ter passado na Boidobra nem no Ferro (percurso marcado a verde). E o folheto aponta para 18km em cerca de 4 horas.

 

 

Que raio!

 

Onde me terei enganado?

 

Fui ler de novo o texto do folheto e vi que o percurso devia atravessar a Boidobra em direcção à Ponte Pedrinha. Como sei onde fica, decidi atravessar a ponte (contrariando a marca X de “Caminho Errado” que lá está) e ir para a Boidobra. Dentro da povoação, as marcas não estão famosas, mas lá consegui chegar à Ponte Pedrinha.

 

 

A manhã estava um pouco enevoada, mas a natureza insistia em me brindar com alguns momentos inolvidáveis.

 

 

 

 

 

 

Ao chegar à Ponte Pedrinha atravessei a ponte sobre o Rio Zêzere e segui pela esquerda até ao Ferro.

 

Durante este trajecto ia pensado nos erros por mim cometidos:

 

- Como estava um dia algo nublado não levei o meu chapéu. Erro! O sol descobriu pouco depois e o que me valeu foi ter feito o percurso em Outubro senão ia ficar com a cabeça esturricada.

 

- Como pensei que ia passar por muitas fontes apenas levei uma garrafa de água das pequeninas. Erro! Desde que saí da Boidobra, só encontrei fontes (e logo 3) no Ferro. Se bem que passamos por muitas casas, pelo que se fosse um caso de emergência teria pedido água.

 

- Como não ia caminhar na serra e os trilhos deveriam ser muito fáceis, não levei o meu bastão/cajado. Erro! Não pelos trilhos que são muito fáceis, mas pelos inúmeros cães que se me apareceram à frente. Em alguns casos tive que andar a atirar pedras aos mesmos para eles não me atacarem. Embora nunca tivesse passado em propriedades privadas, mas em alguns caminhos, os portões das quintas estão abertos e os cães saiem lá de dentro para nos abocanharem. É preciso ter muito cuidado.

 

 

 

 

 

 

Depois de sair do Ferro vamos descendo até atravessarmos o rio Zêzere para a sua margem direita, e a partir daí desapareceram as marcas. Eu penso que deveria ter virado logo à direita, mas, embora procurasse por todo o lado, não vi nenhumas marcas, pelo que optei por seguir no alcatrão até Boidobra.

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

O percurso, feito desta forma é bonito, sempre com a Serra da Estrela em pano de fundo, mas não tem indicação para o local dos Abraços, que dá o nome ao trilho.

 

 

Eu vi esse local (está marcado a verde na carta) e é muito interessante.

Trata-se de uma quelha, caminho muito estreito entre muros altos de pedras.

 

 

“A quelha dos abraços, que dá o nome a este trilho aparece de repente. Uma vereda tão estreita que, recordam os mais velhos, obrigava ao contacto físico dos que ali se cruzavam e que, em alguns casos, deu origem a romances secretos.”

In Folheto Trilho dos Abraços – Beira Serra

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

O problema é que se fizermos o passeio como eu aqui o descrevo e seguirmos as marcas, não vamos passar por este local, pois temos de virar num sítio à direita, quando as marcas indicam a esquerda.

 

De qualquer forma trata-se de um passeio muito bonito, interessante (excepto o termos de passar duas vezes por cima da A23…) e que recomendo.

 

Quelha dos Abraços

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